domingo, 10 de abril de 2011

O tempo

Ver-te passar
era o desejo mais profundo e verdadeiro
do meu coração


Ver-te ir
me guiando em busca de novos horizontes
de novas sensações, de novos ares
Ver-te mudar, inovar, passar
levando-me a lugares e sonhos
Tudo diferente


Entro em epifania
em transe contínua
no momento, um paradoxo


A inércia me domina
não quero ver-te ir
vais levar o que me faz sentir
prazer em viver todas as manhãs


A felicidade de estar junto das minhas maçãs
verdes, ainda a amadurecer
em processo de crescimento
e mudança de cor


Não leves de mim todo esse amor
que tenho destes pequenos preciosos frutos
os quero perto, todos os dias
vai me dar a garantia
de um sorriso


Não quero ver-te ir
não fujas de mim
me ouves?
ou fujas, lentamente
para que a dor que eu sinta
se faça pequena

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