quarta-feira, 20 de julho de 2011

A melhor parte de mim

É bom olhar pra trás e perceber que tudo valeu a pena. Melhor, que tudo continua valendo a pena.
Reencontrar amigos antigos, pessoas que levam vidas diferentes da sua, mas iguais ao mesmo tempo: falta de tempo, estresse, responsabilidades, problemas...

Mas quando uma rodinha se abre, um aparece com uma cerveja na mão e diz: - lembra daquela vez que a gente... - tudo parece ter sentido.
Talvez eu esteja indo longe demais. Exagerei. Tudo não, mas uma coisa faz sentido: felicidade.
Você começa a perceber o que é ser feliz, como era feliz e como é fácil continuar sendo.
Não precisamos de muito, nem pouco. Precisamos do ideal. O ideal é esse: ter amigos, de longa ou curta data, não importa, goste da intensidade, cultive a qualidade; ter histórias pra contar e recordar com ou sem cerveja; poder abraçar sem medo, sem desconfiança; poder sorrir sem pudor; poder ser feliz pelo fato de existir, respirar, de ter ao lado pessoas imensamente especiais.

Jogue seu passado para o presente e faça com que isso impulsione o seu futuro.
Dizem por aí que amigos são a família que podemos escolher. Amigos são vínculos, laços que criamos porque queremos, porque nos é essencial.
Você, meu amigo de 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 anos de amizade e histórias, sinta-se lisonjeado não por me ter como amiga, mas por ter uma amizade tão duradoura e tão linda que resistiu a todo e qualquer obstáculo.
Você, meu amigo de dias, semanas, meses, amigo recente, sinta-se lisonjeado também. Nossa amizade pode bater records. Queira isso. Faça isso.
Você, meu amigo que ainda não é amigo, sinta-se lisonjeado como os outros. Ainda podemos ser grande parceiros!
Deixo aqui o meu muito obrigada a todos vocês, por fazerem parte da minha vida, da minha história, por me proporcionarem tantos momentos agradáveis, tantas risadas fora de hora e tantas recordações belíssimas.
Adoro coisas clichês, sou clichê, então vou ficar no clichê: dia do amigo não é somente dia 20 de Julho. É todo dia, toda hora.
Feliz dia do amigo a todos vocês, meus putos safados! Vocês não valem um centavo furado, assim como eu, mas mesmo assim amo vocês!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reciclagem

Não. Definitivamente esse final não era o planejado por mim. Tão pouco desejado. Mas aconteceu.
E fim. Fim de planos, pensamentos, sonhos, palavras, gestos. Fim ultradoloroso de sentimento.
Dei adeus ao amor para das boas vindas a dor, ao sofrimento, ao silêncio do meu quarto e ao imenso vazio que parecer surgir.
Pareceu, apenas pareceu.
É impressionante como certas coisas acontecem no tempo certo. Clichê, né? Mas é verdade.
Tudo, absolutamente tudo tem prazo de validade. O que existia entre nós venceu, passou do prazo, excedeu o limite.
Obviamente foi para o lixo. Desperdício? Sei lá.
Não sei se eu não soube aproveitar, ou você que se enganou comigo: seu produto - a primeira vista sem selo ou etiqueta indicando se é do seu tamanho, se cabe em você; sem nota indicando a possibilidade de troca; sem código indicando data de validade.
Mas... acho que sua ida ao oftalmologista, e o uso de óculos fez com que você enxergasse onde estava a data.
Não faz mal. Eu, desde o princípio, já sabia que teria fim. Só não sabia o quanto me faria mal. Mas passou.
Estou de volta às prateleiras com uma nova data de validade, em um local diferente para que o próximo consumidor não tenha a mãnha de te perguntar onde a encontrou.
Mas uma coisa é certa: "tudo mudou". Sim, tudo, e com áspas porque eu as quero aqui.
Entenda como quiser, enxergue como quiser. De óculos ou sem.
Seu prazo também acabou.
Mas o meu... ah, o meu é renovável.
E outra, não sou descartável.

sábado, 16 de julho de 2011

Não, não é amor

Deu uma vontade louca de te escrever.
Não, não vou falar de amor. Leia isso como se fosse um bilhetinho. Não, um bilhetinho não, uma carta talvez. Isso... uma carta, mas uma carta diferente. Sem remetente, destinatário, envelope, selo e todas essas baboseiras.
Ao ponto: Não tiro você da cabeça. É... não consigo. Posso conseguir, eu sei. Talvez eu não queira, mas é tão bom pensar em você que funciona como um relaxante: ameniza toda e qualquer dor, decepcção, frustração e sentimentos ruins. Não, não estou te usando.
Você me traz devaneios. Me faz viajar, percorro todos esses quilômetros que nos separa quando lembro do teu sorriso.
Adoro conversar com você. Adoro seu jeito de ser, seu egocentrismo, sua marra, e novamente o seu belo sorriso que me faz viajar.
Não, não me entenda mal, se é que é mal... não é amor, paixonite, essas coisas.
É prazer de ter e não ter você ao mesmo tempo. Talvez tesão.
Tudo que é difícil e desafiador me proporciona horas de pensamento e imaginação. É isso que me move.
Você é incrível. Merece meus singelos aplausos.
Que situação fantástica... estou tão presa nela. Você me faz tão bem, parece até uma exceção à regra.
Acho que quero te roubar pra mim. Não pra vida toda, é só por um instante. Só pra te ter nos meus braços, ver o seu sorriso de perto e te beijar. Beijar incansavelmente.
Não, não é amor. É puro carinho.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um anjo

Quando tudo parecia perdido eu vi um anjo, como quem vê uma luz no fim do túnel.
Ele me chamava pra perto. Que poder de atração.
Eu fui sem ao menos pensar duas vezes.
Ele me disse: - Vim porque te vi sofrer. Não gostei. Vim porque te observo. Olhe pra você... agora olhe pra mim. Me dá a sua mão. Toque em minhas asas. Sente o gosto da liberdade?
Então liberte-se disso que te faz mal. Seja feliz. Posso ver suas asas. Posso ver você voar. Só falta você enxergar.
Em um passo de mágica o anjo sumiu. Fiquei ali parada tentando entender a situação e tentando procurá-lo.
Nada... nada de vê-lo outra vez, nada de raciocinar.
Até que novamente ele apareceu e sussurrou em meu ouvido: - Vou aparecer pra você toda vez que estiver sofrendo, mas quero curar isso, você não é a única que sofre, portanto não é a única que precisa da minha ajuda. Mas saiba que eu te amo, não se sinta sozinha. Bata as suas asas.
Dessa vez eu pude sentir o tamanho da energia daquela divindade.
Bati minhas asas. Sorri. Virei as costas e andei, andei, andei... fui ser feliz.
Esperar pra quê? Gosto do imediatismo. E por gostar, segui a vida.
Ela, senhores, a vida, nos ensina tanto... nos tira pessoas, mas coloca outras.
Nos faz cair, mas também nos faz levantar.
Nos traz a dor, mas também nos traz o amor e a alegria.
Bata suas asas. Seja feliz. Liberte-se. Permita-se.