terça-feira, 9 de junho de 2015

Castelo de areia

Desmoronou
Um castelo de areia na praia do Arpoador
Se desfez
Pelos pés das mãos
De quem próprio o fez

Caiu em segundos
O mundo de quem sequer
Havia mundo

E a areia
Assim como a água
Escorreu por entre os dedos
Vagarosamente

O desespero, a dor, o constrangimento
Se misturavam num mar de tormento
Que as ondas insistiam em sempre trazer de volta

E naquele mar impuro
Não cristalino
Ele decidiu se afogar
Até outro castelo
Desmoronar

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