domingo, 20 de janeiro de 2013

Anjo mau


Um anjo mau de asas quebradas
E veneno nos olhos
Bateu à porta dos meus sonhos
Me oferecendo encantos
Malignos enfeitiçantes
Tão tortuosos e apaixonantes
Quanto seus olhos penetrantes
Fui tentando sobreviver
Ao seu poder atração
Fui amando seu jeito de ser
Sem critério e projeção
Do que queria que fosse
Do mais perfeito ser
Ao doce mel que nos colava
Regredi ao meu sofrer
Por medo de me perder
Em meio a tanto querer
De um ser tão delinquente
Na forma mais eloquente
Quando me tocava
Me deixando ofegante
Num ritmo quente
De um amor ardente
Um anjo mau de cachinhos perfeitos
Ondulados e pretos
De sorriso infantil
Jeito juvenil
E sex appeal viril
Um adulto complexo
Uma relação sem nexo
Um poder e um retrocesso
De um auê de amor
Finito
Enfim
Infinito
Em meu incansável sonho


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