sábado, 8 de dezembro de 2012

Jacinto

Jacinto
Já sinto dor e agonia
Tristeza e melancolia, Jacinto
Já sinto insegurança, inquietude 
E perda de lembrança
Jacinto
Já sinto o som da porta fechando
Dos meus olhos escurecendo
Do seu nome se apagando
Já sinto, Jacinto
Jacinto
Já sinto meu cinto afrouxando
Meu carro batendo
Minha vida acabando
Já sinto tudo se reduzir a pó

O mundo acabar
Nosso sofrer e nosso penar, Jacinto
Já sinto, Jacinto
Nosso castelo de areia desmoronar
A água do mar secar
Já sinto minha perna cambalear
E o nosso caminho se descruzar
Já sinto
Jacinto.

2 comentários:

  1. O jogo de palavras ficou incrível. E o post em si, muito bom! Sensível e agressivo, simultaneamente. Acho que explorou bem suas emoções no texto.

    ResponderExcluir
  2. Realmente não tem o que comentar, um ritmo maravilhoso que dá vontade de ler em voz alta com uma certa ansiedade, não sei direito como explicar. Lindo poema, parabéns!

    ResponderExcluir